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quarta-feira, 21 de junho de 2017

Uma reflexão sobre o País neste momento (18/06/2017)

  1. Uma reflexão sobre o País neste momento (18/06/2017)
  2.  
  3. Com suas ações e até "Nota" explicativa, a Presidência da República não investe seu Poder apenas contra um bandido-empresário que multiplicou sua fortuna com apoio do BNDES, FGTS e Caixa, durante os governos de Lula e Dilma, sob o manto de "campeões nacionais" mas investe poderes públicos, sob sua condução, para aniquilar empresas que afinal existem e criam empregos e circulam capital especialmente na pecuária.
  4. A Presidência vinga-se de um empresário desonesto com igual desonestidade para com a sociedade brasileira. Justifica os pecados do Presidente cometendo pecados com o Poder que detém. Está muito claro que Joesley Batista e asseclas mantinham relações estreitas com o grupo que cerca o Presidente Michel Temer. É uma briga de poderosos em posições distintas, mas coincidentemente ligados no que são suas histórias comuns como aproveitadores do que é propriedade pública.
  5. É nada republicana essa batalha!
  6. A derrota da moral está escancarada na disputa pela manutenção do Poder ou retorno a ele, antepondo Temer a Lula, com fulcro justamente no que têm em comum, a desonestidade pessoal e anti-republicana. Estamos diante de pecadores poderosos que resvalam em queda livre para o indigno. O irônico é que disputam o mesmo Poder agora, queiram ou não, num abraço fatal de afogados. O país está no limite da tolerância, a sociedade perplexa espera apenas uma liderança forte para reagir. O risco é a reação tardia que apele por uma liderança falsa ou deletéria com matizes fascistas.
  7. A desordem pode entretanto vir antes e sermos vítimas de uma guerra civil. O Brasil está na encruzilhada de seu destino.
  8. Nesse desastroso contexto não há Governo. De fato, Temer trabalha apenas para sua sobrevivência (e a de seu grupo de denunciados ou acusados). As reformas políticas desviam foco e a política do real gira em torno da salvação de um bom terço do Congresso mergulhado na corrupção; as reformas econômicas são parte da barganha indigna para a salvação de Temer no Poder (sem poderes republicanos, o real é anomia).
  9. Acreditei num dado momento inicial que seria melhor manter Michel Temer na Presidência até 31 de dezembro 2018, imaginando com essa posição, garantir um mínimo de estabilidade institucional, mas não o aceito mais. Meu sentido ético de brasilidade não conjuga com a camarilha do PMDB que tomou conta do Poder.
  10. Vejo a ruptura como solução.
  11. Haverá um momento para o redespertar e a população sairá às ruas e o peso desse protesto será a renúncia de Temer e a destituição do atual Congresso. Parece radical, mas será um momento de equilíbrio, em que a maioria falará mais alto contra essa legislatura e exploradores no Poder. Um movimento nacional tornando ilegítimos os atuais detentores de funções em todos os níveis.  
  12. A Constituição terá o valor apenas relativo de manter vivas estruturas das instituições e eleições gerais livres e diretas serão a única saída para o caos. A alternativa é a guerra civil num país em que a polarização ganha a força do bem contra o mal, arriscando-nos a uma revolução e a todas as suas incertezas.  


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